Jaques Wagner reage após provocação de ACM Neto: “A ponte, para vocês queimarem a língua de novo, vai sair”
O líder do governo Lula no Senado, Jaques Wagner, rebateu a provocação feita pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, nas redes sociais nesta quinta-feira (3), apontando o que se trataria de mentiras dele, de Rui Costa e do governador Jerônimo Rodrigues ao tratar das promessas da ponte Salvador-Itaparica.
Wagner comparou o impasse da ponte com o do Metrô, que estava sob alçada da prefeitura de Salvador.
“O ex-prefeito tá falando disso, chamando todo mundo de mentiroso. Deixa eu dizer. Inclusive, nós não somos não. Nós não somos mentirosos. Ele é que mentiu em algumas entrevistas que ele fez. Eu acho engraçado, como é que diz na giria, que o macaco não olha o rabo”, alfinetou Wagner em entrevista ao podcast do BNews.
“Sabe quando é que eles falaram que ia fazer o metrô? Em 1999 Começou, na verdade em 1997, e eles lançaram a licitação em 99. Eu em 2013 Chamei para o Estado o metrô. Então de 99 ou 97, se você preferir, até 2013, bota aí 16 anos. E o metrô tinha virado piada, metrô de calça curta. Nunca ninguém viu um trem passando em cima disso.
Nós pegamos isso em 2013 e em 2014 a gente já estava fazendo os primeiros testes com metrô com trem no trilho. Agora vamos fazer mais um trecho que chegando até o Campo Grande”, destacou o ex-governador da Bahia.
“Eles nunca sonharam em fazer uma ponte. É isso que eu digo. Essa moçada pensa pequeno. Mas só estou mostrando que eles seguraram 16 anos que o metrô ficou largado aí. Deu um trabalho retado para eu liberar esse metrô no TCU, porque o TCU tinha carimbado como obra com prestação de conta errada, etc. Eu tive que ir várias vezes no Tribunal de Contas da União para poder liberar e, graças a Deus, consegui entregar uma coisa que é orgulho dos baianos“, ressaltou o petista.
“A ponte vai sair. Vou repetir aqui sem medo de errar. Aliás, finalmente, deixa eu explicar o que aconteceu. Primeiro, isso é uma obra importante. Uma ponte de 12 quilômetros, 12 e pouco, em cima de uma baía que tem uma profundidade, um calado muito alto”, ponderou o senador.
Wagner aponta que a pandemia afetou o custo e o cronograma da nota.
“Infelizmente, pintou a Covid, ninguém conseguia tocar a obra e todo mundo sabe quem é empreiteiro. E o preço dos materiais, de insulmos, cimento, aço, tudo isso cresceu muito. Os chineses, o regime político deles é totalmente diferente do nosso, não tem tribunal de contas, não tem ministério público, se eles precisam fazer um reajuste, ele fazer.
“Aí nós falamos: olha, vocês ganharam a licitação com esse preço. Eu não posso trocar o preço da noite para o dia. Então, esta negociação da subida do preço por conta da Covid, gastou da Covid até hoje. Eu quero fazer aqui um elogio. O TCE teve maturidade, teve sensibilidade, o presidente presídio, e conseguiu ajustar de tal forma que atendesse os preceitos do TCE, mas que chegasse ao denominador comum.
Aí agora foi finalmente assinado. Estão fazendo como é que se chama isso? A sondagem”, pontua o político. O senador reforçou sua confiança e apontou que o início das obras já deve ocorrer no próximo ano.
“E eu posso garantir a você que ano que vem já vai ver coluna saindo dali. (…) E vamos dizer efetivamente vai ser uns 4 anos de obra. São 12 quilômetros. A China tem muita tecnologia moderna, eles fazem ponte de 30, 40, 90 metros, em cima do mar ou mergulhada debaixo do mar. Então, eu acho que eles têm uma expectativa, que eles vão acelerar”, apontou Wagner.
“Então, eu não tenho dúvida, José, que a ponte vai sair. Ele fica dizendo que a gente mente, eu vou dizer que ele pensa pequeno. Então, eles nunca pensaram em metrô, que pensaram em largar e parar no mesmo caminho. Nunca pensaram numa ponte daqui para lá, para fazer o desenvolvimento do vetor oeste aqui de Salvador.
E a gente pensou Agora, o cara tem que ter coragem na política. Eu, quando lancei o programa da ponte, eu sabia que era um projeto complexo, que ia ser demorado, mas que ia sair”, arrematou Jaques Wagner.
Fonte: Site OFF NEWS
Foto: Agência Brasil
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