TARIFAS DE 50% IMPOSTAS POR TRUMP VÃO TER FORTE IMPACTO NEGATIVO NA ECONOMIA BAIANA. VEJA EM QUE SETORES.

 




O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) que irá aplicar uma tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil. A nova alíquota entra em vigor a partir do dia 1º de agosto e terá enorme impacto na economia baiana.


Segundo o economista Armando Avena, o aumento das tarifas vai afetar diretamente o setor industrial e de commodities.


“Os impactos dessas tarifas podem ser graves para o Polo Industrial de Camaçari e para toda indústria baiana que possui muitas inter-relações com o mercado americano. O agronegócio também será afetado e se, o governo brasileiro estabelecer tarifas recíprocas, os impactos serão maiores ainda”, diz Avena.


No âmbito do comércio exterior, a Bahia será impactada já que os Estados Unidos são o 3º maior destino das exportações baianas que em 2024 atingiram 875 milhões de dólares, representando 7,5% das nossas vendas externas. É um volume três vezes menor do que o exportado para a China, mas vai afetar vários segmentos. 


Os principais produtos da Bahia exportados para os Estados Unidos são: Produtos químicos e petroquímicos, incluindo as resinas plásticas da Braskem; óleos combustíveis e derivados do petróleo; celulose; pneus e outros manufaturados industriais; e alguns produtos agrícolas processados como cacau e derivados ( manteiga de cacau e massa de cacau). Empresas como Hershey ‘s, Mars e outras do setor alimentício importam derivados do cacau baiano.


Caso o Brasil estabeleça tarifas recíprocas, haverá grande impacto no âmbito das compras que a Bahia faz no exterior, já que os Estados Unidos são o maior importador de produtos, representando 27% de tudo que o estado compra no exterior.


A Bahia compra dos Estado Unidos, insumos para a indústria química e petroquímica, máquinas, industriais para o agronegócio, mineração e construção civil; equipamentos elétricos e eletrônicos de grande porte; partes e peças para manutenção de indústrias; produtos farmacêuticos e hospitalares e muitos outros. Grande parte dessas importações se destina ao Polo Petroquímico de Camaçari e à indústria pesada.


Segundo o economista, poderá haver também impacto nos investimentos. “Os investidores americanos que atuam ou pretendem atuar na Bahia, em setores como energia renovável, químico, farmacêutico, agronegócio de precisão, logística e equipamentos, podem rever planos por conta do maior custo para importar máquinas, insumos e equipamentos dos EUA”, afirma Avena.



Fonte: Bahia Econômica 

Foto: Reprodução 

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