Wagner pode abrir mão de concorrer à reeleição para coordenar campanha de Lula em 2026; Saiba se Coronel se beneficia.
A necessidade de uma coordenação de campanha forte, que ajude o presidente Lula numa retomada que ninguém ainda sabe se ocorrerá e nem como se dará, pode empurrar o senador Jaques Wagner (PT) para a função, levando-o a desistir da candidatura à reeleição ao Senado.
Os rumores de que Wagner pode ser convocado para coordenar a campanha por Lula, abrindo mão da reeleição na Bahia, se intensificaram esta semana em Brasília e São Paulo, diante do quadro adverso com que o presidente da República tem se defrontado, com reprovações em alta em pesquisas sucessivas.
De acordo com um político petista importante, o presidente, inclusive, já teria tratado do tema tanto com Wagner quanto com o ministro Rui Costa (Casa Civil). Segundo ele, Lula prefere que Rui saia candidato ao Senado por um motivo, para as esquerdas, prosaico: ele acredita que o ex-governador da Bahia o ajuda eleitoralmente no Estado com setores à direita.
Caso a operação se concretize, subiria no telhado a tese da chapa dos governadores, da qual fariam parte o governador Jerônimo Rodrigues (PT), concorrendo à reeleição, e Wagner e Rui disputando o Senado.
Apresentada por Wagner como forma de garantir sua permanência e a de Rui na disputa, a proposta acabou abalando a relação do PT com o PSD, porque tiraria do senador Angelo Coronel (PSD) o direito de concorrer à reeleição na chapa governista. Por este motivo, em resposta, Coronel passou a aventar a possibilidade de disputar a vaga ao Senado na chapa de ACM Neto (UB) ou mesmo de forma avulsa.
A definição da presença do senador do PSD na chapa, no entanto, caberia diretamente a Lula numa articulação com o senador Otto Alencar, comandante do partido na Bahia.
Otto é considerado hoje muito próximo do presidente, que não deixa de se declarar extremamente grato ao político baiano por sua atuação na pandemia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Quanto a Rui, passou a gozar de enorme prestígio junto a Lula dada a forma como entra nos conflitos no Palácio do Planalto para defender o presidente interna e externamente.
Lula consideraria, no entanto, que seria mais seguro para ele garantir um mandato no Senado em 2026 se quiser, inclusive, permanecer ajudando-o como ministro num eventual segundo mandato presidencial.
Fonte: Política Livre
Foto: Reprodução
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