ELEIÇÕES 2026: O PSD, DE KASSAB E OTTO, SERÁ O FIEL DA BALANÇA NO BRASIL E NA BAHIA
O PSD, que tem como presidente Gilberto Kassab e na Bahia é comandado por Otto Alencar, será o fiel da balança para a eleição do Presidente da República e do governador da Bahia em 2026.
Nacionalmente, o partido está atraindo lideranças regionais que possam concorrer nas eleições de 2026, trazendo com eles prefeituras que possam dar cacife eleitoral para ser vitorioso em pelo menos mil cidades. Na eleição passada, o PSD venceu em 889 dos 5 568 municípios do país. Lideranças como o governador gaúcho, Eduardo Leite, a governadora pernambucana, Raquel Lyra e o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, que se filiaram ao partido, são o exemplo definitivo dessa estratégia
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab já antecipou a disputa eleitoral e, PHD em pragmatismo político, se prepara para seguir junto ao candidato à presidente com maiores chances de ser eleito.
São Paulo será a pedra de toque dessa estratégia e Kassab vem atraindo prefeitos que se elegeram por outros partidos. Secretário de Governo de Tarcísio de Freitas, Kassab adoraria trazê-lo para o seu PSD, mas o governador de São Paulo está bem no Republicanos, partido que não tem um dono tão explicito como o PSD ou o PL. Mesmo assim, se a candidatura de Tarcísio deslanchar, ele não terá dúvidas em apoiar sua candidatura à Presidência da República.
Mas, no momento, esse é um cenário quase impossível, pois Jair Bolsonaro não aceitará essa candidatura e jogará seu peso eleitoral para indicar um candidato próximo, provavelmente alguém do seu meio familiar. Tarcísio não é um bolsonarista raiz, precisa de Bolsonaro, mas não reza integralmente pela sua cartilha e, sem o ex-presidente, não terá condições de tornar-se competitivo nacionalmente e o mais provável é que concorra à reeleição.
Definido esse cenário, Kassab terá certeza de que o PL de Waldemar Costa Neto é quem vai dar as cartas no processo eleitoral e isso não lhe interessa. Assim vai esgrimir seu propalado pragmatismo e aí a tendência será o apoio à reeleição do Presidente Lula.
Essa movimentação nacional terá impacto na Bahia, mas no cenário estadual quem vai dar as cartas será o senador Otto Alencar, que controla cerca de 30% das prefeituras do Estado. Mas essas cartas só serão jogadas em 2026 e, provavelmente, quando já estiverem bem delineadas às candidaturas à presidência da República.
E aí não vai contar muito o desagrado do senador Ângelo Coronel por ter sido rifado na chapa “puro sangue” divulgada pelo PT para concorrer ao governo da Bahia. Alencar apoia Jerônimo Rodrigues e é perfeitamente possível uma negociação que envolva a vice-governança – com a garantia de acesso ao governo, via descompatibilização do futuro governador – e outros espaços que seriam delimitados. A não ser que um o cenário nacional mude tanto que dê espaço a uma nova composição, o que parece improvável. É esse o quadro, pelo menos por enquanto.
Fonte: Bahia Econômica
Foto: Reprodução
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