Bolsonaristas reagem à demissão de Lupi: 'Ele caiu, falta o chefe dele'

 




Membros da bancada bolsonarista no Congresso Nacional foram às redes sociais para reagir à demissão de Carlos Lupi do comando do Ministério da Previdência, ocorrida nessa sexta-feira (2). Para o cargo, o Palácio do Planalto anunciou o ex-deputado federal Wolney Queiroz.


O senador Jorge Seif (PL) apontou para a demora na demissão de Lupi e cobrou do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o ressarcimento dos danos causados pela fraude no INSS.


"Já foi tarde. Agora, vamos ver quanto tempo esse desgoverno vai demorar para ressarcir os aposentados de todos os danos causados por essa fraude do INSS", escreveu o senador nas redes sociais.


Já a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) questionou se Lupi "caiu ou foi caído" e chamou a atenção para o número de trocas de ministro realizado por Lula em seu terceiro mandato, onze ao todo.


"Só uma dúvida: lula não está achando que alguém vai esquecer o escândalo porque ele trocou de ministro não, né?", ironizou a parlamentar.


Quem também comentou sobre a troca no comando do Ministério da Previdência foi a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), dizendo ser "urgente a necessidade de investigar para saber se ele (Lupi) também sabia do esquema e se também foi omisso".


"Lupi pediu demissão e o secretário-executivo, que era o número 2 do Ministério, assume. Ou seja, nada muda. Vamos articular para que ele venha ao Parlamento prestar esclarecimentos. Todo esse esquema contra os aposentados não pode ficar impune", afirmou a senadora.


Já o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) escreveu que Lupi "caiu" e agora "falta o chefe dele".


Fraudes no INSS


Lupi pediu demissão nove dias depois de uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelar um esquema que desviou R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões do INSS.


Apesar das investigações não citarem Lupi, o agora ex-ministro estava desgastado pelas revelações feitas após o caso vim à tona. Para integrantes do Palácio do Planalto, prevaleceu a ideia de que ele soube do caso e não tomou providências.


Lupi ainda perdeu o direito de indicar o chefe do INSS. Coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolher Gilberto Waller Júnior, que ingressou no INSS como procurador em 1988 e já foi corregedor-geral do órgão. O ministro havia indicado Alessandro Stefanutto em 2019, demitido pelo presidente da República após a operação.


Com a descoberta dos desvios, Alessandro Stefanutto foi afastado da presidência do INSS por decisão judicial e demitido por Lula na sequência. Para o cargo, o presidente escolheu Gilberto Waller Júnior. 


Fonte: Bnews 

Foto: Reprodução 

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